O Dia do Trabalhador, celebrado a 1 de maio, é uma data histórica de resistência, justiça social e conquista de direitos.
Mas sabias que as mulheres desempenharam (e continuam a desempenhar) um papel essencial nesta luta?
Desde as primeiras greves até às reivindicações mais atuais, as mulheres estiveram (e estão!) na linha da frente, a lutar por igualdade salarial, condições dignas de trabalho e justiça no local de trabalho.
Neste artigo, reunimos os principais marcos históricos e sociais que mostram como o 1º de Maio é também um dia feminista — um símbolo de força, resiliência e esperança ✨
1. As raízes da luta: o contributo feminino nas origens do Dia do Trabalhador
A origem do Dia do Trabalhador remonta às lutas nos EUA, em 1886, pela jornada de 8 horas de trabalho.
Muitas mulheres participaram em greves e protestos, enfrentando repressões duras.
Destacam-se especialmente as operárias têxteis, que foram determinantes na mobilização da classe trabalhadora.
2. As trabalhadoras portuguesas e a resistência nas fábricas
Em Portugal, o movimento operário também teve rostos femininos muito marcantes.
Desde o início do século XX, mulheres das fábricas têxteis, conserveiras e corticeiras levantaram a voz contra jornadas extenuantes, salários injustos e ausência de direitos.
3. A desigualdade salarial: uma bandeira que permanece
Ao longo do século XX (e até aos dias de hoje), as mulheres enfrentaram — e continuam a enfrentar — diferenças salariais gritantes.
Durante o Estado Novo, a situação era ainda mais crítica: além de receberem menos, muitas vezes precisavam de autorização do marido para trabalhar e eram excluídas da vida sindical.
4. Greves, clandestinidade e coragem
Mesmo com todas as limitações legais, as mulheres nunca desistiram.
Participaram em greves clandestinas, apoiaram movimentos opositores ao regime e foram peças-chave na construção de um futuro mais justo.
Muitas vezes, assumindo riscos pessoais e familiares enormes.
5. Depois do 25 de Abril: o 1º de Maio voltou às ruas
Com a Revolução de 1974, as comemorações do Dia do Trabalhador ganharam outra dimensão.
As mulheres marcharam, reivindicaram e ocuparam espaços públicos, exigindo o que lhes era devido: igualdade, licença de maternidade, proteção laboral e respeito.
6. Liderança e presença feminina no sindicalismo
Nas décadas seguintes, mulheres passaram a liderar sindicatos e movimentos laborais, exigindo melhores condições para profissões tradicionalmente femininas: como o trabalho doméstico, ensino, enfermagem e comércio.
Estas lutas continuam atuais.
7. Invisibilidade no trabalho informal
Empregadas domésticas, cuidadoras e trabalhadoras do setor informal são muitas vezes esquecidas nas estatísticas e nos direitos.
O 1º de Maio é uma oportunidade para chamar atenção para estas realidades e lutar por mais proteção.
8. O feminismo encontra o movimento laboral
O Dia do Trabalhador tornou-se também um palco para o feminismo, com reivindicações concretas como:
Fim da disparidade salarial.
Combate ao assédio no trabalho.
Licenças parentais justas.
Valorização do trabalho não remunerado, como o cuidado familiar.
9. Hoje, a luta continua
Apesar dos avanços, ainda há muito por conquistar.
Em Portugal, as mulheres ganham, em média, menos 14% que os homens.
Continuam mais expostas à precariedade e acumulam responsabilidades profissionais e familiares.
10. Catarina Eufémia: um símbolo que não esquecemos
Uma das figuras mais marcantes da luta operária em Portugal foi Catarina Eufémia, trabalhadora rural assassinada pela polícia em 1954.
O seu nome tornou-se símbolo da resistência feminina num país que, na altura, silenciava as mulheres trabalhadoras.
Mais do que uma data: um lembrete de força feminina
O 1º de Maio é também um dia para honrar as mulheres que transformaram o mundo laboral com a sua coragem e persistência.
Elas abriram caminho para que hoje possamos lutar por mais igualdade, mais respeito e mais justiça.
💜 Que este Dia do Trabalhador sirva de inspiração para continuarmos a transformar o mundo — juntas.
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